19 novembro 2009

Eu não sei jogar bridge!

Ninguém deveria estar longe de quem ama, tal como eu não deveria estar longe das minhas meninas...

Sentado no meu quarto escuro e frio, perdido em pensamentos amorfos, ouço alguém a bater à porta. É a saudade a convidar-me para um jogo de cartas com ela e a sua parceira, a solidão. Eu não gosto da saudade e odeio a solidão. Elas não prestam, não são boa companhia e fazem batota.
Para além do mais sei que, dentro em pouco, juntar-se-ia a nós a tristeza, essa outra put...
Não fui polido, nem educado, e retorqui:
"Deixem-me em paz! Eu não sei jogar bridge!"


5 comentários:

Francisco José Rito disse...

Boa noite! Grande desabafo, com tao poucas palavras. Volta mas e para casa, que andas por ai a fazer?! :-)

Abraco

Catsone disse...

Ó Francisco, boa noite! Eu bem queria, mas valores mais altos se alevantam... vicissitudes do trabalho.
Abraço

Francisco José Rito disse...

Estava a brincar. Foi o que imaginei.
Mas olha que muitos gandulos que eu conheco adorariam uns dias assim longe de casa, sozinhos e tal :-)

Sahaisis disse...

:(..a saudade serve para nos lembrarmos de como somos felizes quando estamos juntos...:/ o que não é necessáriamente bom...

Demian disse...

Eu já jogo contra essas duas adversárias há tempo considerável... No entanto, nunca hei-de aprender a vencê-las, os seus argumentos são infinitamente superiores àqueles que o comum dos mortais consegue apresentar, nesses duelos desequilibrados que por vezes somos obrigados a travar.

Mas também é nesses momentos que damos (ainda mais) valor àquilo que temos em casa, dando-nos ainda mais forças para preservarmos os bens mais preciosos que podemos alcançar durante a nossa curta passagem por este mundo...