27 janeiro 2011

Deus me livre... deles!

Esta tarde, enquanto não fazia nada de relevante, fui interrompido pela campainha da porta.
Pé-ante-pé, em silêncio, fui ver quem seria através do "olho mágico" da porta.
Eram 2 pessoas; um casal de engravataditos com livros grossos junto ao sovaco: Testemunhas de Jeová.
Ainda pensei em não abrir a porta, mas não resisti.

- Boa tarde, disse eu.
- Boa tarde, jovem. Teria tempo para uma conversa? Disse o senhor polidamente.
- Depende do que seja.
- Gostaríamos de falar sobre Deus.
- Ah, ok. Mas, peço desculpa, não estou interessado. Obrigado e boa tarde.

Antes que fechasse a porta, a menina que o acompanhava, insatisfeita pela ovelha desgarrada, ainda teve tempo para mandar uma pequena farpa, como que numa última tentativa de vender o seu peixe:
- O Sr. não acredita em Deus? "Amandou-ma" com um sorriso semelhante ao do domador de felinos de um circo qualquer.
- Acredito em Deus sim, menina - disse eu calmamente - não acredito é em vocês... tenham uma boa tarde.


Benza Deus! Saravá meu Pai!

20 janeiro 2011

TV cabo Vs Catsone (indirectamente)

O telemóvel da senhora que vive comigo (SQVC):
Trim-trim... trim-trim...
SQVC: Estou.
TV Cabo (TVC): Está? Estou a falar com ...?
SQVC: Sim. Quem fala?
TVC: Meu nome é fulana e represento a TVcabo. Gostaria de falar consigo sobre os nossos produtos.
SQVC: Da TVcabo? Bem...
Eu: Hã. Passa-me o telélé! Anda.
SQVC: Tá quieto. Bem, eu já sou vossa cliente, mas o contracto está em nome do meu marido.
Eu: Ó caraças, passa-me o telefone. Tenho uma boa para lhes pregar.
TVC: Peço imensa desculpa. Uma boa tarde e desculpe o incómodo.
SQVC: Não há problema. Boa tarde e um bom trabalho.
Eu: O QUÊ???? "BOA TARDE E UM BOM TRABALHO"???

Detesto gentinha educada.

19 janeiro 2011

Sacanas

Antes recebia o recibo do vencimento pelo correio: num acesso de raiva, rasgava-o!
Agora recebo-o via email...

Sacanas!!!

18 janeiro 2011

Impotência

Os juros aumentam.
Os produtos inflacionam.
Os combustíveis sobem.
As injustiças crescem
O desemprego escala.
A insatisfação vai ao ar.
A ansiedade dispara.

A tesão da malta desce, mirra, míngua, desaparece, desvanece, vai-se embora: o viagra
® teve a comparticipação e está caro comó caral, ops, caraças!
Só o governo ainda tem força na verga para continuar a fornicar e, apesar da idade entradota da república, a sodomia é diária.


Imagem google

16 janeiro 2011

A das bananas

Parece o mercado municipal:

"Qatar: Amado diz que terá sido discutida a venda de títulos aos investidores" Expresso

"Acordos com Pequim avançam com venda de dívida pública e visita do BCP à China" Público

"Sucesso na venda de dívida não afasta recurso ao FMI" Económico

Já imagino o Sócas na feira:




Entretanto o Sr. Prof. Marcelo fez a sua papagaiada semanal a partir de Cabo Verde. Terá ido visitar o Dias?

Claro que é possível!

"Dos 42 pontos possíveis quero conquistar 46!"

Força Paulo!!!


15 janeiro 2011

Será possível?

"De 45 pontos possíveis quero conquistar 46!

Na primeira volta, fizemos 28 pontos e agora, dos 45 possíveis, queremos fazer 46. Será difícil, mas só há uma maneira, ganhar..." Conferência de imprensa de Paulo Sérgio, treinador do SCP, in O Jogo

Ó amigo Paulo, 46 pontos em 45 possíveis? Não, não é difícil...


Foto: google (com retoques)
Gosto da expressão do Riquelme, parece a minha quando ouvi esta frase.

11 janeiro 2011

Constatação


Existem poucos programas de humor televisivos com mais piada do que o tempo de antena do Sr. José
Manuel Coelho.



Viva o nosso Tiririca!!!

08 janeiro 2011

Honesty

Para o desafio de Janeiro da Fábrica de Letras: "Preconceito"


Honesty

Ele era honesto. A sinceridade era uma das suas principais virtudes.

John vivia em Sidney e desde criança teve problemas com os outros.

Não suportava a mentira, a falsidade e o vira-casaquismo.

Na escola era o alvo dos colegas. Vivia levando nas trombas porque era incapaz de ficar calado e os mais velhos amaciavam-lhe a carne. Respondia a alguns professores desvendando-lhes a ignorância. Tinha as suas próprias opiniões e as expunha sem pruridos… e levava mais um pouco. Ao chegar à casa mais uma saraivada de miminhos acelerados perante os resultados escolares.

Os feios batiam-lhe quando dizia que eram feios. Os bonitos chegavam-lhe a roupa ao pêlo quando dizia que eram falsos. Os gordos e velhos não chegavam a bater-lhe porquê John era um óptimo corredor.

Nunca teve sucesso com as miúdas. Gostava de dizer que ficavam pirosas com certas pinturas, ridículas com algumas roupas e estúpidas com determinadas companhias. A sua cara era destino certo de algumas mãos mais revoltadas e os lábios nunca encontraram seus semelhantes.

John passou grande parte da sua vida desempregado. Tinha grande dificuldade em adaptar-se a trabalhos escravos, em lamber-botas e ficar em silêncio perante as injustiças/mentiras de patrões e sindicalistas. Era insultado pelo chefe e ostracizado pelos camaradas; os patrões ignoravam-no até o dia de o despedirem.

Nunca foi bem recebido em qualquer comunidade. A muçulmana quase o matou quando John criticou o fundamentalismo. A católica o esconjurou quando ouviu a sua opinião sobre as cruzadas, a inquisição e a oposição à camisinha. Os indianos e paquistaneses ofenderam-se sobre a dissertação relativa à Caxemira. Os portugueses voltaram-lhe as costas quando opinou sobre os bigodes, barrigas fartas e as cusparadas pró chão. Os italianos atentaram contra sua vida quando disse que preferia a massa grossa da pizza. Os australianos, os chineses, os africanos, pura e simplesmente ignoraram-no…

Mesmo ele irritava-se quando se olhava ao espelho e opinava sobre o que via. Muitas vezes sofreu por se criticar a si próprio mas, passados alguns anos, entendeu que isso o fazia crescer como indivíduo.

John nunca votou, nunca cumpriu o patriótico serviço militar, nunca teve religião, nunca foi a um jogo de futebol, nunca gostou da grotesca "arte" tauromáquica, nunca deu importância ao dinheiro: nunca foi normal.

Nunca entenderam a sua forma transparente, pura e verdadeira de estar na vida.


Um belo dia, decidiu fugir de Sidnei. Resolveu abandonar a terra cuja beleza o encantou desde pequenino. Resolveu ir para um lugar onde o sol e o mar se mantivessem seus companheiros.

Veio desembarcar num pequeno aeroporto do sul de Portugal. Instalou-se em Vila Moura e lá criou um pequeno restaurante onde a sinceridade e honestidade seriam a alma (e o slogan) do negócio.


Afinal a honestidade compensa: John ficou rico.


Luís Fernandes Lisboa ®

Nota: história fictícia mas imagem verdadeira (tirada com o meu telemóvel em Vila Moura).

É pena

Este "blogger" ou o camandro, não tem, nem nunca teve, acções do BPN ou da SLN... mas tem pena.

Furto

Lisboa, 07 jan (Lusa) -- O primeiro-ministro afirmou hoje que em 2010 o crescimento económico português será o dobro do esperado, que a receita fiscal ficou acima do previsto e que a despesa do Estado se situou abaixo do estimado pelo Governo.

Ou como dizer "sacamos mais aos totós do que esperávamos", "afinal o roubo compensou" e ainda "e não é que os gajos bem espremidos dei
tam bom dinheirinho?" duma forma mais polida, subtil e intelectual.


04 janeiro 2011

Belo futuro

Sempre comparei as crianças a espelhos. Acho que, na ingenuidade infantil, reflectem o ambiente em que vivem. Por vezes, ao se estar perto de uma determinada criança, passado algum tempo, conseguimos imaginar como serão os pais e o ambiente familiar.
O que se passa em casa influencia muito o desenvolvimento da criança, da sua personalidade... e do seu carácter.
Lembro-me de putos asneirentos, mal-criados e sujos; passado algum tempo, e ao ver o familiar, penso: "só podias ser tu o pai deste estafermo!"

Já há algum tempo escrevi sobre as temíveis musicas infantis e, associando à treta que escrevi logo acima, apresento este vídeo "infantil":



Num país de gente que produz pouco, que ganha pouco, em crise de identidade, a necessitar de bons exemplos, estamos a "ensinar" a fina arte da vagabundagem logo de tenra idade? Querem ver que estamos a precisar de mais políticos e líderes sindicais, não?
Está uma casa bem arrumada, está!