29 maio 2007

Palavras? Para quê?



Maravilhoso, extraordinário, sobrenatural, excepcional, singular, extravagante, memorável, virtuoso, notável, ímpar, único, incrível, inexplicável, inverosímil, inacreditável, raro, belo, magnífico, lindo, excelente, elevado, magnânimo, excelso, exímio, delicioso, eminente, insigne, ilustre, preclaro, ínclito, mitológico, assinalável, distinto, sublime, egrégio, monstruoso, magnificente, portentoso, original, extravagante, caprichoso, fantástico, irreal, utópico, fabuloso, sensacional, formidável, admirável, óptimo, enorme, poderoso, assombroso, estupendo, descomunal, colossal, esplêndido, deslumbrante, brilhante, sumptuoso, espectacular, regozijante, surpreendente, magistral, primoroso, exemplar, distinto, proeminente, inconfundível, superior, invulgar, especial, exclusivo, encantador, majestoso, arrebatador, augusto, imponente, faustoso...

Simplesmente perfeito!

Voltem sempre!

28 maio 2007

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações aconselha:

"Com o período de férias a chegar aconselho vivamente uma estadia na magnífica região da Margem Sul. Passear por Setúbal, Palmela, Sesimbra, Almada, Alcochete, Moita, Barreiro, entre outros, é um prazer incomensurável e relaxante.
Esta região pitoresca reserva lugares de beleza invejável e de inacreditável paz. Se acha que a Margem sul é apenas uma passagem para o Algarve, esqueça e aventure-se pelo que de melhor existe no nosso país.
Devido ao clima muito seco e quente, não se deve esquecer de usar protector solar e beber muita água (até porque o Dr Correia de Campos está a economizar e as urgências mais próximas ficam a centenas de km de distância).
Deixo-vos com algumas imagens das magnânimas paisagens dos locais e até uma próxima estupidez."







































Mário Lino Correia
Ministro das Obras públicas e outras tretas.

23 maio 2007

O Sócrates é um ... Grande Ministro!


A Procuradoria Geral da República resolveu retirar o conteúdo do texto por se tratar de algo jocoso, anedótico e trocista acerca do Exmo 1º Ministro.

Freitas amigo, já devias ter partido!

Freitas do Amaral despediu-se, esta terça-feira, da vida académica. O ex-ministro dos negócios estrangeiros deu a última aula na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
Freitas do Amaral falou sobre a Evolução do Direito Administrativo nos últimos 50 anos!!!
Resultado:
- 33 síndromes depressivas;
- 12 tentativas de suicídio;
- 8 agressões verbais;
- 5 tentativas de homicídio;
- 3 alterações de orientação sexual;
- 1 diploma para o 1º Ministro que estava lá.

Vai, grande Freitas, vai... e não voltes, sff!

22 maio 2007

Tá tudo fundido!

A TAP e a Portugália vão fundir-se. Assim 350 funcionários da Portugália vão funder-se.
Entretanto, na Guarda, 500 operários funderam-se.
Daqui a pouco tempo mais trabalhadores serão fundidos!
Só me resta dizer: vão todos se funder!!!

Déjà Vu

Ah, lampiões e lagartos
Já devem estar fartos
Das nossas glórias!

Todo ano, os mesmos factos,
E nós, Portistas, gratos
Por tão boas memórias.

No próximo campeonato,
Os de Lisboa estupefactos,
A mesma história!


Amo-te até ao último acto!
Amor estranho, insensato
Alimentado por ...

VITÓRIAS!!!

17 maio 2007

Viva a Hipertensão Arterial!!!

Porque hoje é o Dia mundial da Hipertensão Arterial, trago aqui um artigo idóneo (porque este blog também é educativo!):


Agora um pequeno teste para os meninos:



Vão medir a tensão arterial e a frequência cardíaca!!!

12 maio 2007

Everybody loves Madeleine


Como somos pequenos.

“Menina inglesa desaparece de resort no Allgarve, enquanto pais jantavam num restaurante”. E depois disso movimentamos milhares dos nossos melhores efectivos em busca da “Madeleine”e comunicação social em alvoroço.

Não existe nenhum mal nisso, muito pelo contrário, temos que dar o nosso melhor para reaver esta criança, porque se trata disso mesmo: uma criança.

O problema está no tão grande aparato à volta. São jornais, televisões a darem o melhor para o sensacionalismo, algo parecido com os horríveis tablóides ingleses e de que os mesmos tanto gostam. A judiciária quase a pedir desculpas aos grandes britânicos por não ter conhecido ainda o paradeiro da menina. Nós a entrevistarmos turistas para saber se têm, agora, medo de vir passar férias no nosso solarengo Allgarve: “Prefiro passar férias nas nossas belas praias de Liverpool, muito mais seguras!”

Gostava de saber o porquê deste sentimento de culpa. Fomos nós que fomos jantar fora e deixamos os filhos a dormir em casa? Temos que arranjar escolta para cada turista que nos visite?

Além disso, outra questão que fica é: imaginem que acordávamos com a notícia “menina (portuguesa) desaparece em Lagos” ou “menina angolana raptada na amadora”, quão rápido seria nossa resposta, quão eficaz seria a actuação das nossas autoridades e quanto interesse despertaria na nossa comunicação social.

Meu desejo sincero é que, não só, encontrem esta menina, como todos os outros meninos e meninas que no nosso país desaparecem diariamente, sejam eles de cidadania portuguesa, inglesa, ou outra qualquer.

Não me levem a mal, mas tenho em mente aquele rapaz (português) do qual se desconhece o paradeiro há mais de 10 anos. Infelizmente esqueci-me do seu nome, bem como a maioria de nós…

06 maio 2007

Feira Nova na Luz

- Ontem estavam só 20.000 adeptos no Estádio da Luz!
- Sóóó???

Afinal existe!

"God is constantly searching our hearts and minds. He's kind of like Santa Claus"
George W. Bush

Pontos que os pariu!!!

Outro dia fui "meter" gasóleo num posto da Galp e a recepcionista (?) perguntou-me: "Tem cartão de pontos?"
- Desculpe mas sou anti-cartão de pontos! Respondi-lhe educadamente.
E sou mesmo...
Quanto tempo uma pessoa perde nas "bombas" a espera do gajo que põem 5€ de combustível, paga com multibanco e pede para ver o saldo de pontos no cartão para ver se tem o suficiente para um porta-chaves ou um boné? Depois temos ainda as máquinas que demoram uma eternidade a "dizer" os benditos pontos que o fulano arrecadou durante um ano pondo 5€ de gasolina 95 por vez!
Não há escapatória possível: todas as petrolíferas têm a porcaria do cartão!
"Arrecade 100.000.000 de pontos e ganhe (?) uma t-shirt da Cepsa"
Com o dinheiro que um gajo deixa nos postos bem nos podiam dar a porcaria da t-shirt de graça!!!
Arre qué saloio!

04 maio 2007

Claro...claro que não!





"Não estou agarrado ao Poder"
Carmona Rodrigues

Poema sobre problemas cotidianos

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

02 maio 2007

Grande manifestação pelo Tchu!

Depois da famigerada história dos cogumelos, eu costumava, depois de apanhar dos amigos, contar sobre uma manifestação que houve numa certa cidade e que apoiava a causa do Tchu. Ei-la:

Era uma tarde quente de verão. Ele cansado, sentado na sua cadeira de escritório, mirava pela janela entreaberta o sol que queimava tudo o que aparecesse pela frente.

No rádio a mesma canção vezes sem conta: “agora a nova de fulano”, típico single de verão.

Ele já estava farto, tinha tirado o nó da gravata e preparava-se para encestá-la no balde do lixo. Uma pasmaceira…

Sonhava com as margens de uma bela praia, uma brisa fresca e uma bebida qualquer com um chapéuzito parolo para enfeitar. Ao longe uma bela rapariga num biquíni colorido e ainda mais distante a vela de um barquinho quase a desaparecer no horizonte azul…”suspiro”

Nessa tarde gostava de estar em qualquer parte, menos ali naquele cubículo: “pseudo-escritório de mer”#!!!”, pensava.

De repente um som ao fundo da rua. Foi a janela espreitar e 9 andares mais abaixo uma manifestação gritava exaltada:

“- Queremos o Tchu! Tchu para sempre, Tchu para presidente!”

- Tchu? – pensou em voz alta.

Desceu em alta velocidade os 9 lanços de escada que o separavam da liberdade do ar livre e deparou-se com milhares de pessoas vestidas de amarelo que gritavam palavras de ordem em defesa do tal “Tchu”.

Correu para a primeira pessoa que individualizou na amálgama de gente:

- Ó amigo, quem é esse Tchu? – perguntou.

- Queres saber?

- Sim – sua curiosidade aumentava a cada segundo – quero participar nesta manifestação também.

- Primeiro: só podes participar se tiveres uma t-shirt amarela e uns calções pretos; segundo o Tchu só verás quando chegar a hora certa.

Ele, então, correu ao pronto-a-vestir mais próximo para tentar comprar uma t-shirt amarela e uns calções pretos.

Apenas na 8ª loja em que entrou conseguiu a tal indumentária, e correu para os transeuntes.

“- O Tchu é o maior! Queremos Tchu muitas vezes! O Tchu é grande!”, era ensurdecedor.

Começou a caminhar e a acompanhar os outros na gritaria, mas foi logo interrompido por um outro manifestante.

- Olhe lá, meu caro, o senhor não pode estar aqui nesta manif! – afirmou indignado.

- Mas por quê? Estou vestido a rigor, como um seu colega disse – tentou justificar.

- Então onde está a fica cor-de-laranja à volta da cabeça?

Só então reparou que cada um dos intervenientes possuía à volta da cabeça a tal fita cor-de-laranja. Achou um pouco estranho, mas as regras são para seguir.

- Então se conseguir essa fita posso participar? Perguntou.

- Claro, será bem-vindo se estiver correctamente vestido.

Ouvindo isso partiu em busca da tal fita: “mas onde raio irei comprar tal coisa?”, perguntava-se enquanto procurava uma retrosaria ou algo da mesma classe. Entrou na primeira loja do género que encontrou e, por sorte, o comerciante tinha recebido um carregamento das fitas misteriosas. Comprou duas, “não vá o diabo tecê-las!”.

“Viva o Tchu! Quem nunca experimentou que vá tomar no…”

Correu em direcção dos manifestantes como se fosse tirar o pai da forca.

Mal se tinha misturado na multidão, foi logo interpelado por outro indivíduo:

- Meu caro, não pode estar aqui connosco! Disse o senhor de forma educada.

- O que falta agora?

- Como?

- Alguns dos seus amigos falaram sobre a t-shirt, os calções e a fita. O que me falta agora para poder participar nesta manifestação?

- Esqueceram-se de dizer que devia estar a usar umas sapatilhas “All-Star” azuis.

- Você está a gozar, não?

- Acha que estou com cara de brincadeira? Perguntou em tom nervoso.

Ele saiu disparado para uma sapataria. Não entendia para quê tanta cerimónia. Será que a finalidade daquilo tudo seria a implementação de um sistema autoritário? Quem seria esse Tchu? Tudo isso não importava, ele queria participar de algo que fizesse sentido. Estava farto da mesmice do trabalho, da robótica da repetição. Comprou as “All-Star” azuis: “afinal sempre queria ter umas mesmo”.

“Queremos o Tchu! O Tchu é boa gente! Tchu para presidente!”

Entrou no meio da multidão para fazer parte do mesmo organismo vivo que exalava contestação. Dessa vez ninguém veio chateá-lo. Estava, finalmente, feliz. Não sabia porque, mas isso era o que menos interessava naquela altura.

A manifestação andou cerca de 2 km pelas largas avenidas da cidade. Repórteres estimavam os números do aglomerado: “São aproximadamente 10.000 os manifestantes que aqui…” dizia o repórter da televisão estatal; “são cerca de 200.000 os revoltosos que hoje…” era a estimativa do colega da televisão privada sensacionalista.

“ - Queremos o Tchu! Tchu, Tchu, Tchu! Para sempre Tchu!”

“ - O povo unido mantém o Tchu erguido!”

Em palanques improvisados, os mais indignados gritavam as mesmas frases com megafones. Outros atiravam-se para cima dos demais, como mergulhadores em mar-alto. A populaça estava em grande alvoroço, reinava a confusão.

Ao longe, e sempre ao longe, a tropa de choque fitava o cortejo com ar austero. Os cães babavam-se enraivecidos, quase possuídos.

E a comitiva continuava. Como peregrinos, em uníssono, entoavam:

“- O Tchu é o salvador! O Tchu é que tem valor” e “Abaixo à repressão, o Tchu é a solução”.

Chegaram à uma grande rotunda, uma das maiores da cidade. Nas 5 pistas que circundavam a praça circular foram-se acomodando, como podiam, as milhares e milhares de pessoas. Nunca pararam de entoar seus cânticos de revolta: “Tchu, Tchu, Tchu”, agora cada vez mais alto, cada vez mais estrondoso…

No centro da Rotunda erguia-se uma grande estátua de um estadista importante da história da nação, rodeada de um lago artificial e um chafariz do qual jorrava uma água esverdeada. Era já uma obra antiga, corroída pelo tempo, já verde da poluição citadina. No topo da estátua um indivíduo enorme gritava:

“- O que vocês querem?”

“- Queremos o Tchu”- gritava a multidão acentuando a última palavra. Suas vozes unidas podiam ser ouvidas a vários quilómetros de distância.

No topo o sujeito incitava ainda mais a população. Era um homem de raça negra e que apresentava na mão direita uma tocha com o fogo mais brilhante alguma vez visto. O corpo atlético parecia uma figura esculpida no próprio ébano. Media mais de 2 metros de altura e impunha grande respeito. Sua voz grossa e eloquente desafiava a massa à sua mercê e provocava uma reacção instantânea de júbilo:

“- Eu repito: o que vocês querem?”

“- Queremos o Tchu! - respondiam submissos.

“ – Se querem o Tchu, gritem mais alto”

“- Queremos o Tchu, queremos o Tchu!

“- Mais alto!”

“- Tchu! Tchu! Tchu!”

A histeria tomou conta das gentes:

“ –MAIS ALTO!”

“ – Tchu! Tchu! Tchu!

“- MAIS…”

“-TCHU! TCHU! TCHU”

E nisso o negro com seus dois metros de altura, num movimento ágil e rápido lança a sua tocha à água do lago e…TCCCHHhhuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

(Obs. este Tchu tem que demorar praí uns dois segundos)