27 novembro 2010

Desconectado


Quando menos se espera ficamos a perceber que a internet ocupa mais tempo do que devia nas nossas vidas. Percebi isso agora que cancelei o contrato que me unia a uma pequena e antiquada "banana" de net móvel.
Ficar sem ligação a este mundo virtual é como permanecer no limbo: não se tem informação instantânea, não se tem contacto com alguns amigos, não se chega ao "correio"....
Até ao momento continuo sem ligação (isto é apenas uma abébia wireless que apanhei pelo ar) e sinto-o como um drogado a injectar sua droga necessária.

Preciso de algum tempo de abstinência para depois voltar ao ataque... com uma ligação melhorada e mais barata!

24 novembro 2010

Luta



Hoje perco minha grevirgindade!!!

13 novembro 2010

Prémio

Os amigos Carlos e o João resolveram (e muito bem ) premiar este estaminé com o prémio dardos.


«O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras.

Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web»

Fico muito lisonjeado dado vir de quem vem e agradeço o gesto.

No entanto, este prémio tem regras. Regras são coisas às quais não me adequo muito bem, mas vou (tentar) cumprir:
As regras:

- Exibir a imagem do Selo no blogue: check!

- Revelar o link do blogue que me atribuiu o Prémio: check!

- Escolher 10, 15 ou 30 blogues para premiar: todos os da barra "concorrência". Não é para despachar mas sim porque considero que "demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras." e só por isso os tenho comigo neste meu espaço.

Bom fim-de-semana a todos

11 novembro 2010

Natureza


"Se quando dás um peidinho morre um golfinho
Atenção ó Greenpeace: hoje é dia de S. Martinho!"

07 novembro 2010

01 novembro 2010

O que serei?

O Francisco Vieira, do "Namorado da Ria", propôs, há algum tempo, um concurso literário no seu blog. Participei com um poema que escrevi há um boa mão cheia de anos atrás e que nunca tinha publicado neste estaminé.
Nota: acho que dava uma boa música rap...

O que serei?!


Sou ainda criança
E perguntaram-me:
“O que queres ser quando fores adulto?”
Pensei e disse:


“Não quero ser professor
Porque não seria respeitado.
Não quero ser médico
Porque tenho medo de advogados.
Não quero ser artista,
Aqui não existe arte
Só se vê lixo, na televisão
Na rádio, em toda a parte.


Eu decidi, não serei polícia
Porque seria mal compreendido,
Seria obrigado a multar
Em vez de prender um bandido.
Não quero ser jurista,
Teria desgosto no tribunal,
Lutaria por justiça
Mas não há justiça em Portugal,
Quem é réu faz o que quer
E amanhã é 1ª página do jornal.


Não quero ser pedreiro,
Serralheiro, pasteleiro,
Carpinteiro, carniceiro,
Carteiro ou outro “eiro”,
Pra quê? Trabalhar tanto
E não ver a cor do dinheiro?
Olho pr’os meus pais
Que trabalham o dia inteiro
Para satisfazer meus anseios
E no fim falta sempre mais.


Teria medo de ser operário
E viver no fio da navalha,
O governo joga a rede
Mas só o pequeno fica na malha.
Não quero ser bombeiro
Perder-me nas chamas dos Agostos.
Não quero ser comerciante
E viver para pagar impostos.
Não terei qualquer profissão,
Qualquer diploma ou ofício,
No país que tenho hoje
Todo o saber é um desperdício.


Não quero ser padre
Porque minha fé é verdadeira.
Não quero ser crítico
Não gosto de dizer asneiras.
Também não serei escritor
No país que esqueceu Camões e Gil Vicente,
Preferem falar inglês
Em vez de português fluente.
Não quero ser digno
Porque seria um otário,
Num país que ama o desonesto
E o conto do vigário.



Ainda não decidi o que quero ser,
Falta ainda muito tempo,
Espero que ao crescer
Não aumente meu desalento,
Ver meu país a perder
A corrida do desenvolvimento
E contentar-se em ser pequeno
Perdendo-se num sentimento
De inferioridade quase obsceno”.

Não, não sei o quero,
Não me apressem
Que sou apenas uma criança
E no futuro quero lembrar-me
Que pelo menos tive infância.