11 novembro 2011

Trocadilhos da bola

Sobre o Portugal X Bósnia de hoje:

- Portugal não jogou uma bósnia;
- Paulo Bento pensou em convocar o Madjer para jogar no areal de Zenica;
- Cristiano Ronaldo jogou mal porque costuma "comer a relva" e isso hoje era algo indisponível ;
- Postiga saiu no 2º tempo depois de se lesionar contra um adversário que estava na apanha da batata;
- Parece que os jogadores aqueceram ao som de "Le Freak" dos Chic, com direito a laser's e coreografias eróticas com as mãos;
- A federação de futebol da Bósnia leiloou a relva ao final do jogo: angariou 3, 52 €;
- Pepe levou um amarelo depois de chamar "filhadaputic" a um adversário;
- Moutinho quase marcava, pena a bola ter desviado numa cenoura;


Terça-feira há mais...



01 novembro 2011

Azul de vergonha

O que me chateia não é a derrota. O que me chateia não é o facto de perder para uma equipa sem tradições no mundo do futebol europeu. O que me chateia não é perder para uma equipa sem estrelas. O que me chateia não é ficar fora da Champions.

O que me chateia é a arrogância. É o "ôba-ôba". É a prepotência de quem ganha milhões directamente proporcional à falta de humildade e o mal perder. O que me chateia é não ter na equipa um Costa, um Santos, um Pinto, um Barros, alguém portista como eu e que representa as tradições nortenhas. Chateia-me a falta de pressão e luta características dos azuis.

Há alguns dias, um tal Sr. Víctor, que se diz treinador, numa tentativa de jogo psicológico, cuspia no microfone que a sua equipa era a mais forte. Esse mesmo Sr., que tem um plantel de alta qualidade, veio provar que a sua equipa não presta e que não passa de um amontoado de peças soltas sem sentido; veio hoje demonstrar o quão incompetente é a treinar. Mas deixou ainda mais patente a sua incompetência a planear uma época e a sua miopia táctica.

A Champions já lá vai, que a vença o outro clube português. Agora lutamos pela Liga Europa.

Jogo das bolinhas

Na RTP Informação:
"O golfe é um desporto individual, uma luta constante entre o jogador e o campo"

Tentava um entusiasta do golfe justificar a importância do "desporto" para a economia nacional e disparou tão eloquente e poética frase. Não se conforma, o pobrezito, com a intenção de taxar este tão luso "desporto" com o IVA a 23%. Receia a perda de turistas para o Allgarve, algo que deverá acontecer por culpa, única e exclusiva, desta medida disciminatória, abusiva e inconsequente, já que o subsídio de férias foi ao ar e os ricos portugueses não terão como sustentar este tão saudável e atlético "desporto". Ok que a maioria dos "atletas" não são tugas; ok que a Europa está em crise e os estranjas não têm tanta cheta como antigamente; vão ter de cortar nos "caddys" (já que está na moda cortar nos assalariados.) ou por cabras a "aparar" a relva.

Compreendo a posição dos golfista já que, esta medida, é mesmo discriminatória.
Passo a explicar:

No entanto, antes de mais, tenho que confessar a minha dificuldade em encara
r o golfe como um desporto. Não o consigo comparar com a natação, atletismo ou mesmo o futebol. É-me difícil imaginar um senhor balofo, agarrado a um saco cheio de paus, equipado com um Havana e uns sapatos brancos de gosto duvidoso e que não consegue percorrer uns metros senão montado num carrinho de supermercado com motor, como um exemplar desportista. Considero o golfe mais um jogo com um tabuleiro gigantesco e de manutenção dispendiosa, onde tanto se pode jogar como alimentar uma manada de búfalos, outros ruminantes endinheirados ou hooligans de férias.
O golfe é tanto um desporto como o são o automobilismo, o bilhar, o tiro ou o bowling.

E é por não ser um desporto que acho bem que o golfe não seja sujeito aos 23%. É um acto discriminatório relativamente a outros jogos tipicamente lusitanos. Então vejamos, a sueca, o sobe e desce, o chinquilho, o solitário das repartições públicas, a coçadela dos tintins, a cusparada à distância e a sua variante, mijada à distância, e todos os "desportos" cujo objectivo é empurrar uma bola para dentro de um buraco não deveriam também ter IVA a 23%? Podem todos ser encarados como actividades desportivas e não têm qualquer taxação! Taxá-los seria uma questão de equidade tributária entre os diferentes jogos e traria dividendos ao Estado português; corria-se apenas o risco de diminuir o consumo de minis e porções de moelas e de orelha de porco e um pequeno aumento da violência familiar...