06 janeiro 2010

Desafi(n)o

Desafiou-me a Stôra Denise. Pedia ela que eu fizesse um auto-retrato. Há já algum tempo, "postei" um texto meu dos tempos da borbulha na cara, mas vamos lá ver o que me sai agora.

Eu sou um fulano não muito aprazível ao primeiro contacto. Sou assim, porquê já tive algumas decepções na vida e agora investigo antes de investir. No entanto, se considerar que vale a pena, torno-me num bom amigo.

Sou sonhador. Perco-me muitas vezes em cenários estranhos. Vivo situações inventadas (quase) como se fossem verdadeiras. É algo que me acompanha desde a infância e que pretendo manter; assim estou sempre entretido com alguma coisa.

Adoro música. Eu nem conheço os barulhos do meu carro, tal é o volume da música no interior do bólide. Entro em transe muitas vezes ao som de determinadas composições e, estas, são uma grande fonte de inspiração dos meus devaneios.

Gosto de futebol. Gosto de ver, discutir e, principalmente, jogar. A quantidade de endorfinas que segrego num só remate dava para por metade dos toxicodependentes de Coimbra numa trip do caraças!

Adoro a minha família. Faria tudo pelas minhas duas mulheres. Por vezes fico assustado...

Gosto muito mais de escrever do que de ler.

Gosto de uma noite com os amigos. Uma noite daquelas que inclua um bom jantar, piadas e histórias estúpidas/estranhas, uma cartada e um abraço de despedida depois de combinarmos a próxima noitada.

Gosto do Brasil, mas amo Portugal.

Sou viciado em café.

Não gosto de me auto-retratar. É dificílimo e, quase sempre, peca-se por defeito ou excesso. Prefiro os outros a fazê-lo...

E eu me amo... muito às vezes.



Eu Me Amo
Ultraje a Rigor

Há quanto tempo eu vinha me procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei

Refrão
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim

Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim
Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Pra toda vida eu quero estar comigo

Refrão

Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar



6 comentários:

Francisco José Rito disse...

Boa noite! Ora ai esta um post interessante (nao que os outros nao sejam). Identifico-me e subscrevo praticamente tudo o que dizes, a excepcao da tua paixao pelo futebol.
Gosto, mas nao discuto e nao entro em polemicas por causa disso.
A musica sim. Sonhador, bem...nunca parei de sonhar, mesmo quando acordo dos "sonhos", fico sempre a espera de um final diferente. Tambem faria tudo pelas minhas 2 mulheres, embora o grau de parentesco seja diferente.
Ainda nao desconfio o suficiente das pessoas e por isso ainda sou enganado muitas vezes. O que apurei foi a capacidade de os mandar ir dar uma volta abaixo de Braga, com mais facilidade.

Bem, confirmaste aqui em maioria, o que eu ja achava de ti.

Abracos, Cat.

João Roque disse...

Gostei muito deste auto- retrato.
Como disse lá no meu blog em resposta ao mesmo desafio da Denise, é sempre bom conhecer-mo-nos um pouco melhor.
De tudo o que dizes, gostei imenso da frase final sobre o amor de si próprio...

MA-S disse...

lol...e agentxi txi "ama" também catsôni =P

Sahaisis disse...

concordando com à Mà-Sx você é um cara bem legau, né? ;)ainda qui narigudo e dxi óculos qui nem eu...lol

Denise disse...

Bonita resposta ao desafio, Catso!
Aproveito a caixinha de comentários para uma dupla felicitação: a maravilhosa aventura da paternidade e a qualidade, excelente mesmo!, dos textos que aqui têm sido publicados.
Parabéns!

Catsone disse...

Denise, obrigado. Fico lisonjeado pelos teus elogios ao que escrevo.