Se os Maias estiverem certos: - Ficaremos sem saber quem será o próximo campeão mundial de futebol; - Não iremos receber subsídios de férias ou natal (espera lá, não é preciso previsões maias para esta...); - Faremos a vontade aos socialistas e não pagaremos as nossas dívidas; - Se o fim do mundo acabar com fogo, o Gaspar procurará aumentar o imposto sobre os produtos pretolíferos; - Se acabar numa quinta-feira, o pessoal do Estado aproveitará para fazer ponte; - O PCP dirá que acaba porquê é do interesse do grande Capital; - O PS dirá que já tinha tentado acabar com o mundo antes no governo Sócas mas tinha sido boicotado pela oposição e que, acabar justo agora, é pura demagogia; - O CDS não aceitará porque os Maias são pagãos e que viviam à custa do RSI da época, daí terem sido aniquilados pelos espanhóis; - O Bloco apoiará porque assim acabam as off-shore; - O PNR irá dizer que os estrangeiros querem ocupar os lugares dos portugueses no processo de acabar com o mundo; - A SONAE irá vender bilhetes com descontos de 50% em cartão continente enquanto a FNAC cobrará 1€ pela venda dos mesmos; - Não teremos os aumentos dos impostos e do preço dos bens essenciais previstos para 2013; - Poderemos prometer que pagamos tudo dentro de um ano; - A IURD inflacionará o preço dos terrenos no céu; - O Governo irá tentar vender suas acções de "acabar com o mundo" a investidores chineses, indianos ou azeris; - em 2013, onde quer que estejamos, estreará um filme, realizado por Roland Emmerich, com o título: "Eu não vos disse?";
- No entanto, se "acabar com o mundo" for entregue à responsabilidade exclusiva de Portugal, com a nossa burocracia, desenrascanso, cunha, compadrio, tachos, recursos, etc, etc, de certeza que o mundo aguenta-se mais, pelos menos, 2359 anos...
Que 2012 vos traga, sobretudo, oportunidades; oportunidades para ganhar dinheiro, para viver bem, para terem filhos (se o quiserem e se fizerem por isso), para dar o salto, para apanhar os touros pelos cornos e, principalmente, oportunidades para se ser feliz (que é o que interessa).
Grande abraço e, pelo menos hoje, não se estraguem...
Outro dia ouvi um iluminado qualquer dizer que "quem quiser ver o estado no qual esta democracia se encontra, deve ir às caixas de comentários das notícias dos jornais online". Ora, concordo plenamente. E hoje, ao ler uma notícia sobre saúde no Diário de Notícias, encontrei esta pérola aplicada ao governo:
"manuel 20.12.2011/22:14 Este governo É igual a uma camisa de vÉnus a camisa de vénus permite inflação, impede produção, destrói a próxima geração, protege um bando de car@lhos e ainda transmite um sentimento de segurança... enquanto na verdade, alguém está f@dendo alguém!!!"
Parece que, para alguns, Portugal deixou de ser para os portugueses. Parece que Portugal deixou de poder proporcionar a "felicidade" aos seus filhos. Os nossos governantes apregoam a incompetência do país em assegurar um futuro honesto e confortável a quem nele vive. Confirma-se o buraco no casco da lusa nau e o governo aconselha que se a abandone antes que seja tarde, sob pena de todos terminarem na fila da sopa ou debaixo de uma milionária ponte de uma auto-estrada/SCUT qualquer.
Entristece-me essas perspectivas, principalmente porque já pensei (penso ainda) em me tornar num desses ratos. No entanto, pensei por iniciativa própria, não precisei de um iluminado a dizer que para mim não há hipótese...
Porque não se vão embora eles? Acharia de bom grado que se fossem de uma vez. Passos, Seguros, Jardins, Soares, Cavacos e todos os outros incompetentes que agora clamam pela evasão dos excedentários. Eles que se ponham a andar, tomem essa iniciativa e dêem o exemplo. Vão de low cost para poupar. Como complemento deste post deixo esta lúdica proposta de "pesquisa de opinião":
Hoje, ao ver o noticiário, vi uma cena que me deixou algo mais perturbado do que já normalmente sou. Vi uma senhora, com uma pequena menina ao colo, chateada com o nosso (pouco) querido PM. Com a criança ao colo a senhora gritava impropérios ao digníssimo. Chamou-o cabrão, filho da puta entre outros adjectivos pouco abonatórios. Com a criança nos seus braços avançou em direcção à polícia que entretanto montara cerco. Escudou-se na menina e foi de encontro ao "muro" então formado. Foi, como é óbvio, afastada com muito pouco carinho. Então ouviu-se: "Como é possível, a empurrar uma mãe com uma criança ao colo!"
Tem razão, a pobre mãe: como foi possível tal acontecer? Como foi possível uma mãe usar, de forma tão baixa, uma pobre criança? Como foi possível usá-la como escudo, como arma de arremesso e, por fim, como desculpa para uma uma indignação ignóbil?
Pergunto-me pelo futuro daquela menina. Como pode alguém, em tão tenra idade, absorver tanto ódio e crescer de forma "normal"? Não julgo os motivos que levaram aquela mãe àquele acto mas será que existe desespero, pobreza e revolta que justifique fazer com que uma criatura inocente fique perante um risco desses?
A pobreza material é penosa, mas a pobreza moral é danosa...
Os únicos diálogos eloquentes, educativos, responsáveis e transcendentais que tenho tido ultimamente são com o meu filho de 4 meses... sabichão, o gajo!
Com duas crianças em casa, o Canal Panda é, obviamente, o que tem mais tempo de antena. Canal virado para a malta mais nova, farta-se de ganhar dinheiro nesta altura do ano com os comerciais de brinquedos. Tudo normal, afinal, do jeito que as coisas estão, todos têm de fazer pela vida. Assim, hoje, feriado, enquanto a minha menina aguardava pelo próximo boneco animado, fiquei a acompanhar as novas tendências do mercado. Foi então que percebi que a nova tendência é o nojento, o estranho e, principalmente, o grotesco. Só assim é possível encontrar explicação para estes produtos:Neste 1º exemplar, um puto, com tendências megalómanas, cria os seus próprios monstros e depois, insatisfeito, aperta-os com as mãos até que o cérebro estoire ou os olhos expludam das órbitas enquanto deita uma gosma verde por tudo o que seja buraco.
Nesta 2ª coisa, o objectivo passa por arrancar o maior número possível de macacos do nariz do boneco e até que lhe salte o pequeno encéfalo (algo maior do que o daqueles que criaram esta treta)! Ganha aquele que mantenha o almoço no estômago.
E para terminar, o melhor (ou pior?):
Para este não encontrei objectivo. Não sei quem ganha, se é o que apanha mais cagalhões (desculpem, mas só me lembro desta palavra para isto), ou o que fica menos borrado, ou o que mantenha os pais casados depois de um deles ter a infeliz ideia de escolher esta porcaria para presente de natal.
Em época de Natal e aproveitando o tema deste mês da "Fábrica de Letras", faço um re-post de um texto de Dezembro de 2008:
Esmola
Sexta-feira caminhava pela cidade, preocupado em comprar uma prenda de aniversário para a minha "mais-que-tudo". Apressado e olhando para todas as montras, queimava meus (poucos e cansados) neurónios na tentativa de imaginar algo que fosse "simpleszinho mas bonitinho". Nessa confusão, passei pelos correios e, mesmo ao lado da porta, como um guardião, um senhor de idade e com a mão estendida segurava uma boina virada para o céu. Não dizia nada mas pedia uma esmola. Passei por ele como um Ferrari passa por um carocha na A1, mas a minha consciência (que carinhosamente chamo de Ofélia), essa senhora da vida que mora na minha mente e não paga renda, picou e moeu a minha cabeça, chamando-me nomes por não ter dado atenção àquela pobre alma. Defendi-me dizendo que não era o único e que outras pessoas passaram por ele sobranceiras, ignorando-o imperialmente; ela simplesmente mandou-me pró car"#$. Não sei se existirá "conciêncicídeo", de qualquer forma tal acto teria que passar, inevitavelmente, por um suicídio, o que não me agradou muito naquele momento. Decidi que se comprasse alguma coisa, em qualquer loja, passaria de propósito à frente do senhor e deitaria, na sua boina, uma quantia qualquer de dinheiro. Dito e feito, após adquirir algo que fizesse a minha senhora esquecer o erro que cometera há alguns anos, passei pelo homem e "amandei" para a sua protecção capilar duas moedas de 0,20€ que tinha a mais na carteira. As moedas aterraram no chapéu e não bateram em mais nenhuma; as pessoas estavam tão imbuídas de espírito natalício que, na rua, só viam pais-natais, duendes e corninhos de renas. O homem instantaneamente sorriu um sorriso vazio e disse: "Muito obrigado e um feliz natal!" Aquilo desconcertou-me e, apesar de ser algo que eu já esperaria que o homem dissesse, foi dito de uma forma incrivelmente verdadeira e agradecida. Algo que, se calhar, não faço todos os dias. Fez-me muito bem e concluí que, afinal, aquela esmola não foi para ele: foi para mim.