A publicidade é uma arte. Sempre ouvi dizer que é a arte de se vender algo a quem não o quer. É uma forma de hipnose. É o uso da imagem, do som e das palavras com o intuito de passar uma mensagem: compra/acredita.
O nosso PM, que é engenheiro (?), é um grande menino-propaganda. Encabeça um governo que publicita a construção de um balneário público na freguesia de Sebadelhe da Serra com pompa e circunstância mas esconde, a todo o custo, os "lucros" astronómicos com a arrecadação de impostos e receitas extraordinárias.
Publicita a diminuição do défice como uma vitória retumbante, mas tenta desviar atenções da, cada vez maior, fila à porta do banco alimentar. O cinto já não tem mais buracos, já é quase um pulseira.
Este é o governo que não quer perder o comboio da alta velocidade, mas também é aquele que, já há muito, descarrilou a caminho da Europa.
É aquele que, no fim do ano, anuncia crescimentos recordes da economia mas que revê, sempre em baixa, as suas previsões, desculpando-se na conjuntura internacional.
É este PM que exulta a baixa de uma décima percentual no desemprego, mas que não evita os despedimentos em massa.
É o governo do "porreiro, pá!", do "presidente responde", do "no seu governo era pior", da surpresa dos aumentos dos combustíveis, dum sem número de acontecimentos cujos efeitos recaem no, inevitável, Zé Povinho.
É este o PM que convida um ditador (africano) para o meu país e que viaja ,com o meu dinheiro, para a terra de um outro ditador (sul americano).
Pede desculpas por infringir uma lei mas publicita que afinal foi bom pois convenceu-o a tentar deixar o vício.
Para este governo está tudo bem, não existem listas de espera ou hospitais degradados, não existem tribunais sem condições de guardar os processos abandonados, não existe violência, não existe delinquência, não há escolas a cair aos bocados, não existe corrupção, não existe opressão...
Neste país governado pelo Engº José Sócrates é tudo bonito, tudo perfeito, sem mancha: imaculado.
"Portugal, venha daí enganar-se também!"
Gostava de propor um desafio aos que se perderem por aqui: o que gostariam de anunciar ali, naquele exacto local da fotografia?
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