02 dezembro 2007

Ode à águia ferida

Ó águia, ave ferida,
Porquê jazes no chão?
Porquê não estás erguida
Com teu ar campeão?
Será por teres sido batida
Pelo grande Dragão?
Por ter sido invadida
Pelos que não têm perdão?


Tu, águia, dizes-te imperial,
Nobre membro da monarquia.
Mas não existe em Portugal
Quem nos dê mais alegria
Que o nosso Reicardo, fenomenal,
A fazer truques de magia.
Tornando-te em nada, banal,
Figura de melancolia.


Águia, dizes-te a melhor do mundo.
Não pensas em ser modesta.
Mas, em apenas um segundo,
Com a pouca força que te resta,
Cais como um moribundo
Aos pés dos que detestas.
Bates rapidamente no fundo
Enquanto nós fazemos a festa.


Ó águia, pobre ave de rapina,
Elevas-te no ar destemida,
Mas de forma repentina,
Viste-te novamente remetida
À tua tristonha sina:
Ser novamente, facilmente, vencida!

4 comentários:

Rain disse...

Bolas, que paciência, pá! ;)

(Pena ela ter os 3 livros... lá se foi a única ideia que eu tinha!!)

Balhau disse...

ja te disse que és um artista no que diz respeito a odes futebolisticas??

Catsone disse...

Balhau, e mais, por respeito a ti, não fiz nenhuma para o SCP (bem mereciam!). ;)

Balhau disse...

Se nao dizes tu mal do sporting digo eu! Apesar de ser simpatizante nao vou deixar de procurar o humor no fracasso da minha grande equipa (entenda-se grande numa perspectiva geral, grande falhanço, grande barraca, etc)...