10 março 2011

O verdadeiro Dr.

Pelo que tenho visto, no lugar onde trabalho, talvez não precisem, realmente, de um médico: basta ir ao Dr. da farmácia.

26 comentários:

anouc disse...

ahahahah

Deve ser frustrante. Irra!

Sahaisis disse...

ah pois é...e não ser a vizinha com quem trocaram os comprimidos porque também eram para as dores :s

Cirrus disse...

Já se sabe que a lista de salvadores não é a que desejas mais:

1º NªSrª de Fátima;
2º S.Bentinho da Porta Aberta
3º João Paulo II
4º O Farmacêutico
5º O Médico
6º O coveiro.

Vá lá, estás à frente do coveiro...

Pronúncia disse...

Cat, mas todos temos um médico dentro de nós que é fantástico a diagnosticar qualquer doença... faz companhia ao engenheiro que também nos habita, e ao jurista, e ao professor, e ao político.

Ups! Com tanta gente a morar num espaço demasiado pequeno para tantos, estou mesmo a ver quem vai ser a primeira a ser desalojada... a criança que é suposto termos dentro de nós!

Catsone disse...

anouc, sim, principalmente quando vêm me pedir que lhes passe as receitas para terem a comparticipação. Tás a ver a minha resposta, certo?

Sahaisis, quantos desses eu já apanhei...

Cirrus, dou mais importância ao "técnico de profundidade", vulgo coveiro, esse personagem que me apaga os erros.

Pronúncia, poético :D Isso é muita alma para um corpo só. eu ainda tenho espaço para um palhaço...

Pronúncia disse...

Boa ideia, Cat, pode se que se fizer companhia à criança consigam desalojar os outros inquilinos que não fazem lá falta nenhuma.

Bom fim de semana :)

MA-S disse...

Eu sempre desconfiei deste profissional de saúde que para além de aviar comprimidos e coisas tem um grande jogo de Marketing...estes tipos não são de confiança!

E acho que o Coveiro pode apagar os teus erros, mas o que é certo é que não tornam a ele a pedir satisfações...

Catsone disse...

Pronúncia, os palhaços e as crianças são facilmente coagidos, receio. Mas vale a pena tentar. Bom fds.

MA-S, acho que são necessários. O que acho é que, tal como eu não me meto no trabalho de outros profissionais, espero que me respeitem como profissional de saúde. Será pedir muito? Até sou eu que lhes forneço a maior parte dos clientes!

Dylan disse...

Acho que também devia pôr a questão noutros termos: quantas vezes o utente quer um médico e não o tem? Quantas vezes o utente vai ao Centro de Saúde e o médico está "doente?!"...

Dylan disse...

MA-S,

Já que trabalha no meio, tente fazer um esfoço a ver se desconfia de outros profissionais de saúde...

Cirrus disse...

Cat, pois, acredito que se te apaga os erros, é uma personagem que te é cara... Tipo "Correu bem a operação??" - "Operação??? Não era uma autópsia?"

Agora, grave, grave mesmo é teres apertado os calos ao Dylan, e esse erro o coveiro não apaga. Pelo menos espero que não, não se fazem benfiquistas daqueles todos os dias.
Previno-te que não faças o mesmo comigo. Deixa lá estar o preço do gasoil em paz, pá!

Dylan disse...

Cirrus,

Obrigado pelo elogio.

De facto, não sou farmacêutico nem nunca tive calos. Pode-se dizer que sou um polivalente profissional.

Catsone disse...

Dylan, no meu caso, procuro dar o máximo de cobertura a um ficheiro que tem 600 utentes a mais do que deveria para um horário de 35 horas. O que não aceito é que depois me apareçam no consultório exigindo que passe a receita da Norfloxacina, Brufens 600, Exxiv's, Kainever's, etc, etc, que o técnico da farmácia "receitou".
Cada macaco no seu galho. E não me posso responsabilizar pela "prescriçao" de outrem, certo.
Isso sem contar as inúmeras trocas de genéricos que se passam nas farmácias. Outro dia entra-me uma senhor no gabinete a fazer 3 sinvastatinas, 2 finasterides, 2 lorazepans e 2 diazepans por dia (fora a restante medicação). Como não sabe ler baseia-se na cor das caixas. E isso não é caso único.
Não sou contra os genéricos, tenho mais de 50% de prescrição de genéricos e fomento a sua utilização, mas não me troquem na farmácia, caraças! E já conversei com os teus colegas(?), mas quê? Fazem o que querem...
E não te esqueças que o médico tb fica "doente", como dizes, de vez em quando.

Catsone disse...

Cirrus, quando escolhi a especialidade estive muito perto da medicina legal; há coisa mais fixe que cortar carne humana? AH, AH, AH...
OK, isso soou a mórbido...

Cirrus disse...

Dylan, sei bem que não és farmacêutico. Mas sabes da poda, se sabes o que quero dizer...

Não é elogio, é realidade. Até a maioria dos médicos é benfiquista. Claro que depois há ovelhas tresmalhadas, como o outro. Mas ele diz que é bom profissional. Não compensa, mas atenua. Pouco, mas atenua.
Não se ele ouviu...

Cirrus disse...

Cat, não soou a mórbido... É mórbido. Se não fosse tomado como insulto, chamava-te Pinto da Costa!

João Roque disse...

Catso
A minha médica de família é "chata" que se farta, mas é uma pessoa que eu adoro e respeito muito.
Vou, por rotina, 3 a 4 vezes por ano, às suas consultas e sujeito-me a todas as análises e ecos e sei lá mais quê que ela exige.
Hoje somos além do mais, amigos, pois vai sabendo quase tudo da minha vida.
Mas isso não invalida que eu não tenha uma excelente relação com a única farmácia, onde vou e muitas vezes, pois as prescrições da médica são mais que muitas:cardíaco, diabético, pressão óptima, mas à custa de fármacos, etc.
E por vezes, em casos de importância menor já me tenho aconselhado na farmácia, onde a primeira pergunta é sempre: acha que devo ir falar com a médica? E já algumas vezes ouvi a resposta "sim".

Catsone disse...

Cirrus, sou portista mas não sou Pintodacostista, daí encarar como insulto! :)

Pinguim, eu não vou contra o aconselhamento na farmácia; o meu problema é quando a farmácia assume funções que a ultrapassam. Uma coisa é um farmacêutico, com formação muito maior que a minha na química, farmacodinâmica e farmacocinética, aconselhar um medicamento; outra coisa é um técnico de farmácia fazer o mesmo (sem falta de respeito ou arrogância da minha parte).
Quando prescrevo algo não o aço de ânimo leve. O acto de prescrever requer um mínimo de conhecimento do doente, dos seus antecedentes e patologias associadas.Dou-te um exemplo: há algum tempo, uma senhora entra-me no consultório exigindo que passasse a receita de um antibiótico (AB) que lhe venderam na farmácia. Achava que tinha uma infecção urinária e foi-lhe dado uma "bazuca" para matar uma mosca. Antes de utilizar um AB faço um exame para ver se existe realmente infecção e qual o AB mais indicado. É por causa da falta de critério na utilização de AB que estes deixaram de actuar como deve ser (na Noruega ainda se tratam a maioria das infecções com Penicilina, o que não acontece em Portugal).
Abraço, friend.

MA-S disse...

@Cats: ma friend, tudo na descontra! Não estou aqui para julgar nem dizer quem faz ou não faz falta...tb acho que sim e respeito-os bastante! E estou de acordo ctg quando dizes para não se meterem no trabalho dos outros!
E tb me confesso que antes prefiro ir ao farmcêutico do que ficar à espera nas infindáveis filas para o MGF, uma consulta marcada para daqui a 1 mês depois ou mesmo ir a horas de atendimento que já estão cheias...


@Dylan: vai um anti-ácido? ou sais de fruto? ou simpelsmente uma dose de sarcasmo e ironia para ver se se ri mais?

Cirrus disse...

O que é que o Dr. Pinto da Costa tem a ver com o FC Porto?

Catsone disse...

Cirrus, desculpa lá, estava a pensar no irmão.
Esse Pinto da Costa tenho-o em alta consideração; ficou foi um pouco chateado pelo facto do instituto de ML ter ido para Coimbra (onde está muito bem entregue às mãos do Prof. Duarte Nuno), mas não deixa de ser muito bom no que faz ;)

Dylan disse...

MA-S,

Obrigado pela receita (esta mania de querer ser médico e farmacêutico toca a todos, até aos enfermeiros, não é?...)

Por norma, sou um tipo alegre, e ainda fiquei mais divertido com o
seu comentário. Primeiro diz que o farmacêutico não é de confiança, depois já afirma que prefere ir ao farmacêutico do que estar à espera nas intermináveis filas.

Dylan disse...

Catsone,

Se existem inúmeros genéricos para a mesma molécula no país, a culpa é do Estado. E prepare-se sr. dr., ainda vêm mais a caminho...

Sabe tão bem quanto eu que esses medicamentos de marca que referiu são adiantados (fiados) pela farmácia porque o cliente vai arranjar receita e não tem dinheiro para pagar o P.V.P.

Existem ovelhas negras em todas as classes e que cospem no seu código deontológico. Daquilo que conheço da classe farmacêutica e de seus ajudantes, posso assegurar que não lhe usurpam as funções: não prescrevem antibióticos nem benzodiazepinas. Agora, não esperava que ficasse melindrado por alguém receitar um Brufen a um utente.

Actualmente, também posso afirmar que já não é mais possível fazer a troca de um medicamento genérico por outro de laboratório diferente. De qualquer maneira, também não se compreende porque motivo o médico quer só aquela marca específica do genérico, e nem admite trocá-lo por outro do mesmo grupo homogéneo.

Catsone disse...

Dylan, o medicamento adiantado ão necessita de ser de outro laboratório que não aquele que o doente está acostumado. Digo "acostumado" pq a maioria dos velhotes tem dificuldade em gerir a medicação e não é raro, infelizmente, confundirem-se e tomarem a mesma medicação em duplicado (ou quadruplicado, como já vi)~.
Eu não tenho nada contra os genéricos, reitero. Não sei se o Dylan é conhecedor mas para ser aprovado um genérico deve ter um mínimo de 80 e um máximo de 125% da substância contida no original. Vejamos, imagine q o Sr. Manuel toma um genérico A que contém 80% da dose, é o q sempre faz até ir à farmácia onde, com a desculpa do "tudo a mesma coisa", dão-lhe o genérico B com 125%. São 45% de diferença com os risco inerentes.
Friso novamente que o meu problema não é com o genérico A,B ou C, não tenho o rabo preso com nenhum laboratório, o q quero evitar são confusões na medicação dos meus utentes. No entanto, a gastar dinheiro num genérico, digo que tenho preferências em alguns laboratórios e baseio-me em alguns factores: laboratório português, que providencie estudos de biodisponibilidade, com experiência, com laboratório de verdade(!) e um bom protfólio. Dou-te exemplos: Labesfal, que produz medicamentos para a Pfizer; Winthrop, que é barato e é marca de genéricos da Novartis; entre outros.
Quanto ao Brufen, fico melindrado quando dão o 600 mg a alguém com antecedentes de úlcera, ou Asma, ou insuf. renal crónica, ou HTA, onde esses medicamentos, ou estão contraindicados, ou devem ser usados com parcimónia. As pessoas esquecem que, para a maioria das situações, um analgésico simples faz milagres.

MA-S disse...

@Dylan: cá beijinho! É verdade, mas isso sou eu e afirmo-o e confirmo-o qtas vezes for necessário só para o fazer sorrir!
Não sei até que ponto é que sabe sobre os curriculos de cada escola de enfermagem, mas há-de reparar que todos temos farmacologia! Não é mania...é conhecimento. E qtas vezes, recomendamos a outros profissionais a mudar a prescrição porque os lembramos de um pormenor que se calhar não estavama ter em conta quando prescreveram a primeira vez?

@Catso: Tens razão. As pessoas devem ir ao seu MGF pois este, em principio, sabe melhor da sua histórica clínica, não é o sr. farmacêutico que vai adivinhar que a pessoa tem uma úlcera, asma, úlcera,IRC ou HTA...se bem que podia perguntar e isso dependeria da capacidade dessa pessoa saber do seu estado de saúde.
É perverso pensar que o médico apenas prescreve de um determinado lab porque tem um filiação. Não é de todo verdade, muitas vezes a diferença entre um genérico e uma "marca", é mesmo nas dosagens e na capacidade de resposta do organismo da pessoa em causa porque muito provavelmente um comp. de "marca" substitui 2 ou 3 comps genéricos.
Ex: Foi-me prescrito um anti-histamínico genérico e a indicação foi 1comp por dia, contudo nem que tomasse 2 por dia ele fazia efeito. Prescrito um de "marca" tinha mesmo que ser 1comp por dia e até mesmo de 2/2dias, pois fazia efeito (até demais).

Dylan disse...

MA-S,

Lá está. O verdadeiro Dr. ( título do post do verdadeiro dr.), também se pode aplicar a si!
AHAHHAAHAHAHHAHA!