Em dias como este nada faz sentido. Quando a vida se esvai, quando desaparece, pergunta-se "porquê?".
Nestes dias de sol envergonhado e vento frio, que esconde o calor de primavera, pensa-se sobre a efemeridade da vida.
Escrevi este post sobre a nossa incapacidade e pequenez perante situações irreversíveis. A irreversibilidade confirmou-se hoje, através de um daqueles telefonemas que ninguém quer ouvir.
E é como que se o tempo parasse e nos trouxesse à mente memórias há muito escondidas, imagens já amareladas do passar dos anos; imagens em Super 8, mudas mas alegres, de tempos longínquos e que não voltam mais. Lembro-me dos tempos de criança, das visitas e viagens à terra dos meus pais, das noites na tua casa, do carinho do teu abraço de amizade sincera. A verdade é que ficam memórias boas, vivências, bons momentos, coisas que nem a morte nos pode roubar.
Graças aquilo em que acredito, penso que estás agora num lugar melhor, onde a dor e sofrimento dos últimos tempos não não mais te assolam e onde terás algum merecido conforto e descanso. Talvez esta crença traga a mim, inconscientemente, algum consolação... quem sabe.
Resta-me a certeza de que, apesar de hoje ser o teu velório, sei perfeitamente que daqui para frente serás tu a velar por todos nós.
A ti, querida tia, que muito raramente vi triste, descansa em paz e até um dia destes.
6 comentários:
beijos Cat :-(
Um abraço amigo.
não há palavras que confortem a perda, meu amigo. disso estou certa. um abraço..
Os meus pêsames, meu caro.
Obrigado, amigos.
Nunca há muito a dizer nestas ocasiões.
Deixo, apenas, um abraço.
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