21 setembro 2009
Um pouco de verdade nas eleições
A imagem acima é de um cartaz da Manuelinha que foi vandalizado aqui na parvónia. Para além da propaganda do PSD, também cartazes PS apareceram com frases sugestivas.
"Queres dinheiro vai dar o grelo pro bairro alto vaca corroptos", era o que se lia no cartaz, entretanto retirado. Deve ter sido sempre o mesmo a grafitar os cartazes dado os factos de a caligrafia ser a mesma, para além das calinadas de português (falta de vírgulas e palavras como "corroptos" e "ladrõns", entre outras). Ele tem mesmo que estar chateado, afinal a educação pública nem sequer o ensinou a insultar condignamente os outros.
Mas ao ver aquela e outras frases, espalhadas pela publicidade eleitoral da minha cidade, fiquei a pensar num assunto interessante: e se os políticos aceitassem a sugestão deste elemento e dissessem aquilo que lhes vai na alma, como fez este "John Doe"?
Poderíamos ver pérolas extraordinárias e talvez o povo compreendesse melhor as propostas, provocações e, principalmente, os insultos aos adversários. O Sócrates poderia dizer à Manuela: "A senhora é uma velha enfadonha, enrugada e desagradável. Mais valia, ao teu PSD, a candidatura de um Jardim!". A Manuela retrucaria com um "Ó Socrates, eu não sei, mas disseram que és gay".
Num duelo entre Louçã e Portas, o 1º diria: "O senhor é um porco fascista, racista e retrógrado!", ao que responderia o Paulito: "Seu projecto de Stalin! Vai para o Marx que te pariu!".
Nesta onda entraria o Jerónimo a dizer que "estes fulanos são todos uns políticos feitos de mer"# capitalista, entregues aos interesses dos filhos da pu$% das multinacionais!".
Seria lindo: política muito mais limpa e muito menos hipócrita. Ficavam todos os portugueses cientes de que escolheriam gente da sua.
Aposto que, com essa clareza de discurso, Portugal teria uma abstenção muito inferior às das outras eleições.
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1 comentário:
o "teu" jerónimo parece uma amiga minha a falar...lol
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